Ásia
Ásia, Ásia, Ásia
Terra maravilhosa de velhos contos
Em que a fantasia dorme como uma
Imperatriz
Em sua floresta cheia de mistério
Terra maravilhosa de velhos contos
Em que a fantasia dorme como uma
Imperatriz
Em sua floresta cheia de mistério
Ásia, eu queria partir no barco
Atracado esta noite no porto
Misterioso e solitário
E que abre enfim suas velas
violáceas
Qual imenso pássaro noturno
No céu dourado
Atracado esta noite no porto
Misterioso e solitário
E que abre enfim suas velas
violáceas
Qual imenso pássaro noturno
No céu dourado
Eu queria partir para as ilhas floridas
Ouvindo cantar o mar perverso
Em ritmo que enfeitiça
Ouvindo cantar o mar perverso
Em ritmo que enfeitiça
Eu queria ver Damasco
E as cidades da Pérsia
E seus leves minaretes no ar
Eu queria ver belos turbantes
de seda
Em rostos negros com dentes claros
E as cidades da Pérsia
E seus leves minaretes no ar
Eu queria ver belos turbantes
de seda
Em rostos negros com dentes claros
Eu queria ver olhos sombrios
de amor
E pupilas brilhantes de alegria
Em peles amarelas como laranjas
Eu queria ver trajes de veludo
E roupas com longas franjas
de amor
E pupilas brilhantes de alegria
Em peles amarelas como laranjas
Eu queria ver trajes de veludo
E roupas com longas franjas
Eu queria ver cachimbos em bocas
Rodeadas de barba branca
Eu queria ver ríspidos mercadores
De olhar suspeito, e cádis, e vizires
Que com um único gesto de seu dedo
Que se inclina
Concedem vida ou morte a seu bel
prazer
Rodeadas de barba branca
Eu queria ver ríspidos mercadores
De olhar suspeito, e cádis, e vizires
Que com um único gesto de seu dedo
Que se inclina
Concedem vida ou morte a seu bel
prazer
Eu queria ver a Pérsia
E a Índia e depois a China,
Mandarins barrigudos com suas
sombrinhas,
E princesas de mãos delicadas,
E letrados que discutem poesia
e beleza
E a Índia e depois a China,
Mandarins barrigudos com suas
sombrinhas,
E princesas de mãos delicadas,
E letrados que discutem poesia
e beleza
Eu queria me deter no palácio
encantado,
E como um viajante estrangeiro
Contemplar com calma paisagens
pintadas
Em tecidos emoldurados
Com um personagem no meio
de um pomar
encantado,
E como um viajante estrangeiro
Contemplar com calma paisagens
pintadas
Em tecidos emoldurados
Com um personagem no meio
de um pomar
Eu queria ver assassinos sorrindo
Do carrasco que corta um pescoço
inocente
Com seu sabre curvo, oriental
Eu queria ver pobres e rainhas
Eu queria ver rosas e sangue
Eu queria ver morrer de amor
Ou então de ódio
Do carrasco que corta um pescoço
inocente
Com seu sabre curvo, oriental
Eu queria ver pobres e rainhas
Eu queria ver rosas e sangue
Eu queria ver morrer de amor
Ou então de ódio
E depois voltar
Para narrar minha aventura
Aos curiosos de sonhos
Levando como Sinbad
Minha velha xícara árabe
De vez em quando a meus lábios
Para interromper a narrativa com arte
Para narrar minha aventura
Aos curiosos de sonhos
Levando como Sinbad
Minha velha xícara árabe
De vez em quando a meus lábios
Para interromper a narrativa com arte
Maria Sylvia Nunes
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